Adrenalina

Adrenalina é um hormônio produzido nas glândulas adrenais que promove o aumento do ritmo cardíaco e a degradação do glicogênio e da gordura.

Ilustração de pessoas em montanha-russa, da estrutura química da adrenalina e de indivíduo com o nome “adrenalina” embaixo.
A adrenalina é um hormônio do grupo das catecolaminas que é produzido pelas adrenais.

A adrenalina é um hormônio derivado do aminoácido tirosina produzido nas glândulas adrenais. Esse hormônio, também chamado de epinefrina, atua de diferentes formas no organismo, estando relacionado, por exemplo, com o aumento do ritmo cardíaco, da pressão arterial e do metabolismo. Suas propriedades são muito aproveitadas na medicina — o hormônio é usado, por exemplo, para restabelecer o ritmo cardíaco na parada cardíaca.

Veja também: Sistema endócrino — conjunto de glândulas que produzem hormônios

Tópicos deste artigo

Resumo sobre adrenalina

  • Adrenalina é um hormônio pertencente ao grupo das catecolaminas.

  • É produzida pela medula das glândulas adrenais, também conhecidas como suprarrenais.

  • Atua aumentando a frequência cardíaca e a força de contração. Além disso, promove a degradação do glicogênio e da gordura.

  • É usada na medicina em situações de anafilaxia, parada cardíaca e episódios severos de asma brônquica.

O que é adrenalina?

Adrenalina é um hormônio derivado do aminoácido tirosina. Produzido na glândula adrenal, esse hormônio faz parte de uma classe de substâncias conhecidas como catecolaminas, assim como a noradrenalina.

Glândulas adrenais e a adrenalina

As glândulas adrenais ou suprarrenais são glândulas localizadas na parte superior dos rins que apresentam formato de meia-lua e pesam, cada uma, cerca de 4 gramas. As adrenais são glândulas encapsuladas que possuem duas camadas que podem ser percebidas facilmente em um corte a fresco: a camada cortical e a camada medular.

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A camada cortical ou córtex adrenal apresenta posição mais periférica e coloração amarelada. No córtex são produzidos três grupos de hormônios: glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos.

Dentre os glicocorticoides, destaca-se o cortisol, o qual se relaciona com o metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios. O principal mineralocorticoide é a aldosterona, que está relacionada com equilíbrio de sódio e potássio e de água no organismo. Já os hormônios andrógenos apresentam efeitos que se assemelham ao hormônio sexual masculino testosterona.

A camada medular ou medula adrenal consiste nos 20% centrais da glândula e apresenta uma coloração acinzentada. Nessa região são produzidos os hormônios adrenalina e noradrenalina, ambos pertencentes ao grupo das catecolaminas. Catecolaminas relacionam-se com alterações na frequência cardíaca, vasoconstrição e elevação das taxas de glicose no sangue.

Funções da adrenalina

A adrenalina é um hormônio liberado pelas glândulas adrenais em momentos em que estamos excitados ou amedrontados. Após sua liberação, ele segue pela corrente sanguínea até encontrar células com receptores aos quais possa se ligar.

Diferentes tipos celulares respondem ao hormônio, gerando cada qual uma resposta diferente. Apesar de as respostas serem geradas por diferentes células, todas apresentam em comum um objetivo, que é garantir a preparação do corpo para uma ação rápida.

A adrenalina atua no estímulo da degradação e na inibição da síntese de glicogênio muscular. Com essa ação, o hormônio promove o aumento da quantidade de glicose disponível para as células musculares.

A glicose atua como um combustível para as células realizarem suas atividades. Esse hormônio também apresenta papel importante no metabolismo do glicogênio hepático, entretanto, é importante destacar que se trata de um controle secundário quando comparado ao controle exercido pelo glucagon.

Pessoa escalando montanha.
Quando estamos amedrontados ou excitados, ocorre a liberação de adrenalina.

A adrenalina age também nas células adiposas, estimulando a degradação dos triacilgliceróis a ácidos graxos, os quais podem ser usados como combustível pelas células de maneira imediata ou serem exportados para outras células.

Além disso, o hormônio tem efeito no coração, onde promove aumento do ritmo cardíaco e da força de contração. Além disso, adrenalina é considerada vasoconstritora, entretanto, apresenta-se menos potente que a noradrenalina, podendo causar até mesmo vasodilatação leve em alguns tecidos.

Saiba mais: Sistema nervoso — estruturas do tecido nervoso que fazem com que o organismo funcione

Usos da adrenalina na medicina

A adrenalina é um hormônio com ações muito importantes no organismo, as quais são aproveitadas na medicina para tratamento de problemas graves. Um desses problemas é a parada cardíaca, sendo a adrenalina utilizada na ressuscitação cardíaca. Além disso, reações alérgicas do tipo anafiláticas apresentam como tratamento de escolha a adrenalina. O hormônio é também aplicado em crises graves de asma brônquica.

Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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